"Nesse ano aprendi muito, reaprendi mais ainda.
Aprender nunca é demais, mas muitas vezes machuca, provoca ferimentos que levamos para o resto da vida, e muitas vezes o que mais dói é sabermos que podíamos ter evitado.
Não sabemos se dissemos tudo o que deveria ter sido dito, não sabemos se ouvimos o quanto era necessário ouvir, se cantamos todas as músicas possíveis, se encaramos todos os obstáculos ou se fugimos deles, se respeitamos o próximo, se amamos com a intensidade necessária, se perdoamos o suficiente, se voltamos atrás quando era necessário, se assumimos nossos erros, se encaramos a realidade, se lutamos de fato pelos nossos sonhos, se nos arriscamos, se abraçamos todas as vezes que sentimos vontade, ou a todos que desejamos, enfim...
Não sabemos se vivemos de verdade.
Olhar para o futuro, com os pés no presente e carregando as lições do passado.
Talvez essa seja a principal busca do homem e a mais difícil de cumprir.
No entanto, como um passe de mágica, as energias se renovam, o cansaço vai embora e os sonhos já esquecidos talvez brotem um a um novamente, com o mesmo brilho e intensidade de antes.
O ano novo tem essa magia do recomeço.
Eu só quero poder recomeçar e ter o direito de continuar sonhando.
E agradecer por tudo o que fizeram por mim nesse ano que está chegando ao fim.
E por tudo o que desejaram fazer por mim, mas que as circunstâncias da vida impediram de alguma forma.
A única certeza é que sou hoje, uma pessoa totalmente diferente daquela que iniciou esse ano.
Porque cresci, tive alegrias e tristezas, aprendizados, sorrisos e lágrimas.
Tive amigos e decepções, carinhos e grosserias.
Superei algumas coisas, outras guardei no coração.
Provoquei alegrias e certamente também causei coisas desagradáveis.
Errei e acertei, não sei o que aconteceu mais.
Precisei de abraços, carinho, atenção, sorrisos...
Precisei falar e ser ouvida...
Aproveitei oportunidades e certamente desperdicei milhares delas...
Espero que nesse ano que se inicia, tenhamos nos olhos o brilho que apenas as crianças têm...
Aqueles que sempre estão olhando para frente, puros, sinceros e serenos...
Muitos nasceram, muitos nos deixaram...
Porque a vida é assim...
E por mais que a gente tente entender... não dá...
Desejo que possamos aproveitar todos os momentos desse novo ano.
Que valorizemos quem está ao nosso lado e quem nos ama de verdade.
Que possamos acordar todas as manhãs com a certeza de que tudo pode ser diferente e melhor.
Precisamos entender que as pessoas erram e nos machucam e que, na maior parte das vezes,
elas não queriam fazer isso.
Porque também erramos e vamos precisar que as pessoas entendam isso.
Desejo a todas as pessoas muita paz, saúde, amor, compreensão e alegrias.. Também muita força, coragem e determinação...para todos nós...
***Porque o ano novo vai ser realmente novo.
Que Deus abençoe a todos vocês.
Que Deus ilumine, guie e proteja o nosso caminho..."
Feliz 2010!!
Sobre:
Meus Momentos e Reflexões, blog sobre inspirações comportamentais, pensamentos, espiritualidade e tudo o que for bom e que faz a gente feliz!
Bordado
O Prof. Damásio de Jesus é um dos maiores tratadistas do Direito Penal Brasileiro, com incontáveis publicações na área Processual.
Em novembro de 2002 ele escreveu isso:
"Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Respondia que estava bordando.
Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
- Mãe, o que a senhora está fazendo?
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós, e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
- Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição.
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
- Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?
- Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?
- Por que estavam cheios de pontas e nós?
- Por que não tinham ainda uma forma definida?
- Por que demorava tanto para fazer aquilo?
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
- Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
- Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
- Pai, o que estás fazendo?
Ele parece responder:
- Estou bordando a sua vida, filho.
E eu continuo perguntando:
- Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido.
O Pai parece me dizer:
- Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim e... Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição.
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida!
Do outro lado, Deus está bordando.
Em novembro de 2002 ele escreveu isso:
"Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que estava fazendo. Respondia que estava bordando.
Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
- Mãe, o que a senhora está fazendo?
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós, e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
- Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição.
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
- Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?
- Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?
- Por que estavam cheios de pontas e nós?
- Por que não tinham ainda uma forma definida?
- Por que demorava tanto para fazer aquilo?
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
- Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
- Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
- Pai, o que estás fazendo?
Ele parece responder:
- Estou bordando a sua vida, filho.
E eu continuo perguntando:
- Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido.
O Pai parece me dizer:
- Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim e... Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição.
Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida!
Do outro lado, Deus está bordando.
A minha próxima vida ....
Na minha próxima vida quero vivê-la de trás pra frente.
Começar morto para despachar logo esse assunto.
Depois acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa.
Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.

Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo, e depois estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades.
Aí viro um bebê inocente até nascer.
Por fim, passo 9 meses flutuando num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quarto a disposição e espaço maior dia a dia, e depois - Voilà! - desapareço num orgasmo.
By Woody Allen
Viver é muito bom.
Viver é tão prazeroso que dá vontade de continuar, continuar. Sofro, como todo mundo, mas as minhas dores, decepções e frustrações ainda não foram fortes o suficiente para me desmotivar. Quando pareço zangado, minha veemência não nasce de amarguras, mas da inquietação espiritual de perceber que as coisas não caminham como deveriam. Gosto de viver, ninguém se engane. Só não quero camuflar minhas dores "porque um líder religioso não pode expor suas inquietações publicamente". Faço eco às palavras do Fernando Pessoa: "Arre, estou farto de semi-deuses!". Quando escancarar os porões de minha alma, não desejo fazer tipo ou posar de "autêntico". Faço "literatura tempestiva" (considero que sites e blogs como um novo tipo de literatura, a "tempestiva") sem envernizar o texto, sem lapidar os conceitos e sem temer escrúpulos e censuras ideológicas. Sento diante do computador como terapia; quando escrevo, de certa maneira, lavo a alma, expulso falsos demônios e alvejo antigos dilemas encardidos.
Gosto de viver, só não quero acostumar-me com as desigualdades econômicas. Não aceito que um artista, atleta ou empresário ganhe mais do que uma nação inteira. Se pareço meio irritadiço é porque não acho que uma bolsa feminina custe o salário anual de um trabalhador. Uma xícara de café não pode valer mais do que um dia suado de um camponês. Por favor, não me peçam para continuar com o discurso pequeno burguês dos evangélicos brasileiros de que esses desmantelos fazem parte de um plano misterioso (maravilhoso?) de Deus que condena milhões de crianças a uma sub-existência.
Gosto de viver, só não quero satisfazer-me de chavões. Ficou provado que as minhas indagações não dizem respeito a uma multidão de crentes. Pelo contrário, eles se escandalizaram quando foram informados de minhas reflexões teológicas. Para uma montanha de teólogos, ousei mexer no que não devia; para a grande maioria dos crentes, cutuquei no vespeiro de assuntos que só deveriam nos interessar depois da morte - "Deus nos esclarecerá no céu". Mas eu comecei a ler alguns pensadores que me antecederam e senti uma enorme sintonia com suas meditações. Adorei ler a biografia da Simone Weil, os pensamentos do Abraham Heschel, as considerações do André Comte-Sponville, os conceitos pós-colonialistas do Juan Luis Segundo, a sensibilidade do Henri Nouwen; e na carona deles, comecei a pensar em voz alta. Se tais pensamentos são tão perniciosos que eu precise ser calado, lamento, porém não me intimidarei.
Gosto de viver, só não quero atrelar meu conceito de vida aos legalismos imbecis dos fariseus de plantão. Não vou deixar de apreciar a música do Chico Buarque, a literatura da Isabel Allende, a poesia do Fernando Pessoa ou o cinema do Almodóvar, porque alguns religiosos não toleram que "gente do mundo" seja inteligente e elegante na sua produção artística. Se os meus novos gostos fizeram de mim um enófilo esporádico e um poeta amador, não permitirei que me inibam com falsas culpas; sinto-me feliz.
Gosto de viver e estou disposto a degustar cada dia que me sobrar aqui na terra. Vou continuar correndo e me preparando para maratonas; vou continuar estudando ciências da religião e teologia; vou continuar lendo e citando meus autores prediletos. Não quero provocar e nem contender com ninguém, desejo, tão somente, cumprir o que o apóstolo Paulo recomendou: "Tudo o que vocês fizerem, quer comam quer bebam, façam para a glória de Deus".
Soli Deo Gloria.
Por Ricardo Gondim.
ACORDE PARA VENCER ...
Quando o relógio despertar, agradeça a Deus pela oportunidade de acordar mais um dia. O bom humor é contagiante. Espalhe-o. Fale de coisas boas, de sonhos, de amor. Não se lamente.Comece a sorrir mais cedo. Não viva emoções mornas e vazias. Cultive o seu interior. Extraia o máximo das pequenas coisas. Seja transparente e deixe que as pessoas saibam que você gosta e precisa delas. Repense todo o seu valor. Tudo o que tem que ser feito merece ser bem feito.
Torne suas obrigações atraentes, tenha garra e determinação. Não trabalhe só pela obrigação, mas pela satisfação da missão cumprida. Transforme os seus movimentos em oportunidades.
Não inveje! Admire! Sinta entusiasmo com o sucesso alheio, como se fosse o seu. Ocupe seu tempo crescendo, desenvolvendo habilidades. Só assim não terá tempo de criticar os outros. Tenha fé, muita fé. Acredite, pois você pode tudo que quiser!
Finalmente, ria das coisas à sua volta, de seus problemas, de seus erros. Ria da vida. E ame, antes de tudo a você mesmo.
A gente é capaz de ser feliz quando é capaz de rir da gente mesmo!
Por José Emilio Menegatti.
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